Crátilo

Poéticas da masculinidade em ruína: o amor em tempos de AIDS, de Anselmo Peres Alós (org.)

2024-03-14T10:31:19-03:00

ALÓS, Anselmo Peres (org.). Poéticas da masculinidade em ruínas: o amor em tempos de AIDS. Brasília/Santa Maria: CNPq/PPGL-Editores, 2017.

Caricato ou original? Solitária, de Eliana Alves Cruz

2024-05-20T18:53:44-03:00

CRUZ, Eliana Alves. Solitária. São Paulo: Companhia das Letras, 2022. 161 p.

A “homossexualidade patológica” nos romances O cortiço, de Aluísio Azevedo, e O bom-crioulo, de Adolfo Caminha

2024-05-26T21:29:35-03:00

Este trabalho tem o objetivo de apresentar a forma como a homossexualidade é tratada em dois romances naturalistas: O cortiço, de Aluísio Azevedo, e O bom-crioulo, de Adolfo Caminha. Para tanto, foram analisadas as personagens Pombinha e Aleixo, respectivamente de O cortiço e de O bom-crioulo. Desse modo, foi possível observar como os preceitos deterministas atribuem à influência do meio os comportamentos homossexuais das personagens. Sob esse olhar, portanto, a homossexualidade é vista como uma patologia que contamina os indivíduos e os desviam de um caminho tido como normal.

A identidade e o imaginário da mulher na mídia

2024-01-08T20:08:12-03:00

O objetivo deste estudo é analisar a construção da identidade e do imaginário femininos na mídia, considerando a influência dos discursos nesse processo. A relevância do tema reside na necessidade de compreender como diferentes ideologias contribuem para a formação da identidade feminina. As representações da mulher na mídia têm evoluído com o surgimento de ideologias que desafiam os padrões impostos por uma sociedade patriarcal e machista. Utilizou-se uma abordagem metodológica qualitativa, com análise do texto Ser mulher é, de João Castellano, publicado no site da Revista Planeta, como corpus analítico. Cinco sequências discursivas foram selecionadas dentre as 30 disponíveis na matéria. Por meio da Análise de Discurso, procurou-se evidenciar o processo de construção da identidade e do imaginário presentes nos discursos. Observou-se em algumas sequências a reprodução da identidade feminina conforme os preceitos da ideologia machista e patriarcal, que perpetuam a imagem da mulher como “bela, recatada, passiva, submissa e do lar”. Em contrapartida, outras sequências discursivas revelaram a representação da mulher como livre e independente, rompendo com as barreiras do medo e da opressão.

Entre o ser e o tornar-se

2024-03-18T12:16:59-03:00

O presente estudo adentra a jornada de transformação e renovação vivenciada pelo narrador-protagonista na obra Onde Andará Dulce Veiga?, de Caio Fernando Abreu. Mediante uma exegese crítica, empreende-se a tarefa de desvendar a evolução do personagem central, com ênfase no seu processo de reconstituição identitária em diálogo com a enigmática figura de Dulce Veiga. A investigação não se limita a metamorfose do protagonista, mas se estende a ponderação sobre o papel do contexto e das vicissitudes na moldagem de sua essência, propondo assim uma reflexão renovada sobre a dinâmica entre identidade, alteridade e transmutação no âmbito do referido romance.

Júbilo nos ares

2024-04-28T01:10:03-03:00

A frequência de determinadas imagens é um aspecto que pode atrair a atenção ao se estudar a obra de autores literários. A imagem da nuvem exemplifica esse fenômeno no livro de poemas As metamorfoses, de Murilo Mendes. Este artigo propõe uma análise de dois poemas dessa coletânea. Objetiva-se apontar, a partir das tradições cultural e religiosa do Ocidente, possíveis significações para essa figura. O artigo se apoia em autores como Bachelard (1990), Durand (2002) e Chevalier e Gheerbrant (2001), além de pesquisadores da obra muriliana, a exemplo de Araújo (2000), Sterzi (2006) e Moura (1995). Em um dos poemas, a nuvem se liga a temáticas religiosas. No outro poema, o objeto celeste não se associa diretamente a questões sagradas, inserindo-se em um plano profano. Contudo, em ambos os textos, encontra-se um sentido de plenitude para a imagem da nuvem.

Nos caminhos da Linguística Histórica

2024-04-22T16:53:00-03:00

Este ensaio traça um panorama a respeito da Linguística Histórica e da sua constituição no âmbito dos estudos linguísticos, da formação da língua portuguesa, da periodização da história sociolinguística do Brasil e um faz uma breve discussão sobre as transformações das línguas, com vistas a apresentar questões referentes ao processo de mudança linguística no contexto da história da formação do português brasileiro, exemplificando com usos linguísticos presentes na comunidade linguística da autora deste texto.

Política de imigração e terras no pós-abolição

2024-03-07T15:29:22-03:00

A partir dos seis sistemas discursivos propostos por Jim Martin e David Rose (2007), transportados para o Português brasileiro por Fuzer e Cabral (2023), com base na gramática sistêmico-funcional de Halliday (2004), o presente trabalho examina a legislação brasileira referente à imigração e ao trabalho nos períodos próximos à aboliação e durante essa abolição, principalmente a Lei n. 601 de 18 de setembro de 1850, conhecida como Lei de Terras, esmiuçando as escolhas léxico-gramaticais dos sintagmas desses textos históricos para montar um quadro geral do fio condutor do discurso racista dominante na elite brasileira — da qual eram membros os legisladores — à época, discurso este que se materializou por meio de políticas públicas e legislação, cujos efeitos concretos moldaram o Brasil e sua relação com imigração, raça e escravidão. Para tanto, são apresentados trechos das leis, sem alterações textuais, apenas destaques nas palavras (em negrito) que constituem escolhas léxico-gramaticais relevantes para a análise aqui empreendida, objetivando demonstrar a existência cabal de políticas estatais para branqueamento populacional por meio da imigração e supressão dos direitos, além da eliminação sistemática, inclusive epistemológica, dos afrodescendentes escravizados, fato que reforça o poder da língua como instrumento de dominação e os impactos concretos do discurso na formação das sociedades humanas.

Vidas em trânsito

2024-05-29T20:14:05-03:00

Este artigo teve por função examinar a jornada do refugiado no poema Refugee, do poeta contemporâneo estadunidense Jon Veinberg (1947-2017). Para tanto, fez-se uma análise bibliográfica em articulação com a crítica sociológica e perspectivas delineadas pelos estudos transnacionais. De tal modo, tendo em vista estabelecer um campo que fundamente nossas intervenções em relação ao tema em questão, recorremos aos pressupostos de Di Cesare (2021), Kasprzak e Monteiro (2019) e Nkota (2018). Nessa perspectiva, essas fontes permitiram examinar, de maneira precisa, como a questão dos refugiados é discutida e abordada na expressão lírica de Jon Veinberg.