Alterações renais em cães diagnosticados com leishmaniose visceral canina em Patos de Minas (MG)
Palavras-chave:
creatinina, glomerulonefrite, histopatológico, ureiaResumo
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença zoonótica de grande importância devido à sua alta letalidade. No Brasil, a LVC é causada pelo protozoário Leishmania chagasi, transmitida ao homem e a animais por meio de insetos da família dos flebotomíneos; a espécie Lutzomyia longipalpis é a principal responsável pela sua dispersão. A LVC tem uma característica multissistêmica, ou seja, tem a capacidade de afetar diversos órgãos, como os rins. As lesões renais são comuns em cães acometidos por essa doença, podendo ser a principal causa de morte desses animais. Foram utilizados cinco animais provenientes do Centro de Controle de Zoonoses de Patos de Minas (MG). Todos os animais deste trabalho foram considerados positivos para LVC de acordo com as técnicas de diagnóstico utilizadas pelo CCZ: teste rápido DPP® (Bio-Manguinhos) e Ensaio de Imunoabsorção Enzimática (ELISA). Foram coletadas amostras de sangue para mensuração das concentrações de ureia e creatinina e fragmentos renais para processamento de lâminas histopatológicas. Os níveis de ureia e creatinina apresentaram-se aumentados em 60% e 40%, respectivamente. Na análise microscópicas, todos os animais apresentaram lesões renais, sendo a nefrite intersticial o tipo mais comum, presente em 100% (5/5) dos animais, seguido por glomerulonefrite membranosa em 80% (4/5) dos animais, glomeruloesclerose em 60% (3/5) dos animais e glomerulonefrite membranoproliferativa em 20% (1/5) dos animais. Os resultados encontrados indicam um acometimento renal nesses animais causado pela Leishmania.