A dívida dos sentidos nas sociedades primitivas
O egoísmo como motor do processo de transição
Palavras-chave:
Egito, primeiras sociedades, Nietzsche, egoísmoResumo
A partir da análise da perspectiva de Nietzsche sobre o egoísmo inerente ao ser, contida no livro “Humano, demasiado humano”, postula-se este trabalho, inserindo algumas concepções filosóficas nas lacunas fragmentadas da história, referente ao processo de transição caracterizado pela modificação das sociedades primitivas para a constituição dos primeiros Estados, como o Egito. Nesse contexto, também ocorre uma mudança crucial ao desencadeamento dos fatos, que atinge o alicerce central dessas organizações primitivas: a religião. Portanto, é fundamental também analisar a “Dívida do Sentido” e as implicações da mesma na sociedade e na constituição dos Estados, posto que, é por intermédio da sua deturpação – ligada à perspectiva de egoísmo do filósofo Nietzsche – que a sujeição moral igualitária dos indivíduos às divindades vai transformar-se em uma relação com um intermediador, alguém que vai interpor-se entre a divindade e o povo, como por exemplo, a figura do Faraó no Egito Antigo.