A questão do tempo para Marcel Proust
reflexões sobre tempo, subjetividade e duração
Palavras-chave:
tempo, memória, duração, subjetividadeResumo
Atualmente, somos prisioneiros do tempo contado em minutos, horas, dias, meses, anos. Estamos habituados a seguir calendários e agendas sem questionarmos o tempo. Deste modo, adotamos e manifestamos uma vivência cronológica do tempo, tendo o tempo como algo que flui lenta ou aceleradamente. Assim, o presente trabalho teve como objetivo refletir sobre o tempo proustiano e o rompimento da temporalidade enquanto sucessão linear. Para tanto, esse estudo apresenta as análises de Marcel Proust, presente na obra em busca do tempo perdido. A percepção do tempo na obra de Proust transcende o tempo social e cronológico, colocando-o numa escala subjetiva que recorre a experiências vividas para compreender as sensações do presente. Portanto, o assunto principal da obra é o Tempo. Não um tempo exterior, linear e homogêneo, mas um tempo duração, qualitativo e vivido.