A influência da afetividade na inclusão escolar
Palavras-chave:
afetividade, inclusão, aprendizagem, escolaResumo
O presente artigo teve como finalidade compreender a influência da afetividade no contexto da inclusão escolar e como esta deve ser trabalhada de forma a contribuir no processo de ensino-aprendizagem de alunos com Necessidades Educativas Especiais. A pesquisa também objetivou analisar a relação professor/aluno dentro da sala de aula, compreender a importância que o professor atribui ao afeto no processo de ensino-aprendizagem e verificar as atitudes adotadas pelo professor para que a afetividade contribua nesse processo. A problematização deste estudo consistiu no questionamento: qual a influência da afetividade na inclusão escolar? Nesse sentido, a concepção levantada para essa questão foi a de que a afetividade tem papel facilitador no processo de ensino-aprendizagem e na inclusão, porém, na maioria das vezes, o professor preocupa-se mais com os conteúdos a serem ensinados e se esquece de incluir o afeto em sua prática pedagógica. Para o desenvolvimento deste estudo, foram realizadas pesquisas bibliográficas e de campo. A pesquisa bibliográfica foi embasada nas concepções dos teóricos Wallon, Vygotsky e Piaget e a pesquisa de campo foi realizada por meio de observação de aula e de aplicação de questionários às professoras das salas em que foi feita a observação, que possuíam alunos com Necessidades Educativas Especiais, de uma escola pública de Patos de Minas. Ao término desta pesquisa, concluiu-se que o papel do docente no processo inclusivo, de reconhecer a importância das manifestações emocionais dos alunos e de explorá-las no grupo envolvido, é essencial no processo ensino-aprendizagem. Observou-se que existem professores que fazem a diferença, que acreditam que o afeto é a base norteadora em um processo de inclusão e no desenvolvimento cognitivo do aluno. No entanto, a prática focada apenas nos conteúdos a serem ensinados ainda é predominante nas escolas.