“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça”

o padrão de beleza da mulher brasileira nos últimos 70 anos

Resumo

Os seres humanos convivem em sociedades que estabelecem padrões a serem cultuados cotidianamente em diversos meios sociais. O corpo feminino, em muitos desses agrupamentos, é uma das principais pautas que são colocadas em evidência – a preocupação em se adequar ao padrão preestabelecido é uma realidade cotidiana na vida das mulheres. Ao se perceberem essas preocupações, nota-se uma constante influência no comportamento cotidiano das brasileiras, que sobre(vivem) em um país onde o próprio corpo, que é ou deveria ser uma propriedade única de cada ser humano, torna-se um objeto de destaque, submetido à aprovação ou à desaprovação. A cultura patriarcal vivenciada no Brasil, que se perpetua por meio de uma realidade machista, unida à pressão estética, estabelece ligação direta com a indústria cultural – que se desenvolve principalmente com a veiculação de imagens e de estereótipos, contribuindo para o desenvolvimento pleno do modo de produção capitalista estabelecido nos dias atuais. Esse tipo de divulgação tem como objetivo persuadir os indivíduos e fazer com que aceitem, cultuem e sigam padrões que interessem o bom funcionamento do sistema, sendo-lhe lucrativos. Para desenvolver este trabalho, foram realizadas pesquisas bibliográficas, com o intuito de desenvolver uma coleta documental de dados, utilizando fontes históricas primárias. Teve como objetivo analisar as características de alguns aspectos influenciadores que, contribuem, entretanto, para que se estabeleçam alguns prejuízos, como problemas psicológicos desenvolvidos pela preocupação com a busca incessante pela beleza e com um corpo que atenda aos padrões exigidos; interpretar, por conseguinte, essas definições, cultuadas historicamente, bem como suas influências, permitindo que haja uma compreensão acerca da subjugação feminina pelo patriarcalismo e salientando a dominação masculina sobre as mulheres e, consequentemente, sobre seus corpos.