Por uma Pedagogia do Letramento Racial com base na obra O racismo explicado à minha filha, de Tahar Ben Jelloun

Autores

  • Djiby Mané Universidade de Brasília (UNB)

Palavras-chave:

letramento, raça, discriminação

Resumo

A natureza humana é repleta de preconceito, raiva e ódio pelos mais diversos motivos: cor de pele, gênero, opção sexual, deficiência, tipo físico, condição econômica etc. A escola, por exemplo, em virtude do lugar especial que ocupa, ecoa as discriminações na sociedade e, por meio de função institucional que lhe é própria, tem potencial para reforçar tais discriminações com base nas práticas pedagógicas – às vezes, benevolentes –, nos preconceitos inconscientes ou nos livros didáticos ali existentes que reproduzem estereótipos. Prevenir contra tal deriva social, combatê-la e conscientizar sobre ela faz parte dos objetivos da sociedade e, portanto, da escola. Nesse sentido, o presente estudo, com base nas nuances do Letramento Racial, fazendo uso da Análise de Dados Textuais, observou trechos da obra intitulada O racismo explicado à minha filha, de Jelloun (2000), no intuito de promover a reflexão e a conscientização sobre a problemática racial. Por conseguinte, salientou-se a busca do estabelecimento de pontes não com o Outro, mas, sim, com o Nós, via relações iguais e justas, em prol de uma sociedade inclusiva e igualitária. Como fundamentação teórica, fez-se uso dos ideais de Guinier (2004), Kareem (2019), King (2016), Sealy-Ruiz (2017), Twine (2004) e Vetter e Hungerford-Kressor (2014). De cunho qualitativo e exploratório, com base em pesquisa bibliográfica e em perguntas e respostas no campo lexical do racismo, concluiu-se que com a Pedagogia do Letramento Racial os alunos podem ser letrados racialmente.

Biografia do Autor

Djiby Mané, Universidade de Brasília (UNB)

Professor Adjunto no curso de Licenciatura em Educação do Campo - LEdoC (UnB)

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Publicado

2022-12-19

Edição

Seção

Artigos