A representação do negro em Casa-grande & senzala

uma releitura

Autores

  • André Azevedo da Fonseca Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)

Resumo

Ao descrever em Casa-Grande & Senzala a vida cotidiana da família colonial na América Portuguesa, Gilberto Freyre revelou a brutalidade da condição social das mucamas, dos moleques de brinquedo e das mulatas que conviviam com o sadismo e a crueldade dos senhores. Quando estabeleceu o elogio à mestiçagem, o autor também fez perceber que muitos comportamentos atribuídos à influência de raça eram na verdade decorrência direta do sistema social da escravidão, que necessariamente degradava a moral do indivíduo – não por ele ser negro, mas por ser escravo. Assim, para contribuir no exercício de reavaliação do pensamento de Gilberto Freyre, o presente artigo propõe uma leitura direcionada de Casa-grande & Senzala, fazendo um recorte da representação que nesta obra o autor conferiu ao negro. O objetivo é salientar aspectos que problematizem a pertinência das críticas que o acusam de idealizar certa "democracia racial" na sociedade colonial.

Biografia do Autor

André Azevedo da Fonseca, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)

Graduado em Comunicação Social pela Universidade de Uberaba-MG (Uniube). Pós-graduando (lato sensu) em História do Brasil pela PUC/Minas.

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Publicado

2018-12-06

Edição

Seção

Artigos