A vez da subjetividade no leme da história
discurso historiográfico e ficção em Os velhos marinheiros
Resumo
Este artigo aborda o romance Os velhos marinheiros de Jorge Amado, através da perspectiva do discurso historiográfico que é encetado por seu narrador. A análise privilegia a discussão do significado da própria produção do relato histórico como fenômeno não de resgate de fatos pretéritos, mas de sua reconstrução. Esta é uma noção que se assenta na convicção não só da impossibilidade da totalização do passado, mas também na incapacidade de uma abordagem científica de fatos históricos, independentemente da subjetividade de quem os registrou ou de quem os estuda.