Moral da história

força ilocucionária e perlocucionária em fábulas infantis de Sandra Diniz Costa

Autores

  • Everaldo Lima de Araújo Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Resumo

O presente artigo tem por objetivo analisar a linguagem em cinco fábulas modernas destinadas ao leitor infantil, de autoria da escritora e professora Sandra Diniz Costa: “O girassol solitário”, “A árvore da montanha”, “Dona Coelhinha não tinha coelhinhos”, “Um presente especial” e “A chave perdida”. Essa análise visa perceber o jogo de intenções de linguagem, à luz da pragmática, apoiando-se nos pressupostos da teoria dos atos de fala de John Langshow Austin (1990). Nessa perspectiva, leva-se em consideração a noção dos níveis de ação lingüística dos enunciados, a partir da idéia dos atos locucionários, ilocucionários e perlocucionários. Esta proposta de análise se deve ao fato de acreditar que esse gênero (fábula) abre mão de uma linguagem que pode exercer determinados efeitos sobre o leitor em potencial dessa categoria textual – a criança. A forma de enunciação nesse gênero merece um enfoque mais detalhado, observando-se as nuanças da linguagem, a fim de verificar o que isso implica para esse leitor infantil. Nota-se, neste trabalho, que a força ilocucionária e perlocucionária dos proferimentos dos locutores vai ao encontro da idéia de que tais atos são importantes para a condução de uma interpretação mais rica do gênero em questão, tendo em vista um dos pressupostos dessa categoria de texto: o caráter moralizante.

Biografia do Autor

Everaldo Lima de Araújo, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Mestre em Lingüística pela Universidade Federal de Uberlândia

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Publicado

2018-12-06

Edição

Seção

Artigos