Leprosário Santa Izabel

um “Lugar de Memória”

Autores

  • Keila Auxiliadora Carvalho Universidade Federal Fluminense (UFF)

Palavras-chave:

lepra, isolamento, história oral, memória

Resumo

O objetivo deste artigo é discutir as contribuições da História Oral para a compreensão do processo de construção da memória das pessoas atingidas pela política de isolamento compulsório dos “leprosos”. Particularmente, tratamos dos ex-internos do Leprosário Santa Izabel situado em Minas Gerais. A partir da metodologia de História Oral, e da atenção às questões referentes à problemática da memória, pretendemos entender como estes indivíduos atingidos pela lepra, ao serem retirados da sociedade, conseguiram reconstruir sua “identidade” dentro do leprosário. Sendo assim, procuramos indicar as possibilidades oferecidas por esta metodologia, bem como elucidar certos preceitos básicos que envolvem o trabalho com fontes orais. Em primeiro lugar, é preciso entender que a perspectiva de que os relatos contidos nos depoimentos são a expressão da “verdade” e a “reconstituição” dos fatos, deve ser categoricamente recusada. Em seguida, deve-se considerar que a entrevista de história oral é uma construção teórica, e não meramente um procedimento técnico.

Biografia do Autor

Keila Auxiliadora Carvalho, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Doutoranda em História pela UFF, bolsista CAPES, mestre em História pela UFJF. Este artigo é resultado das pesquisas iniciais realizadas para a elaboração de minha tese de doutorado, no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense

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Publicado

2018-12-06

Edição

Seção

Artigos