A literatura nacional do Machado de Assis escritor e crítico literário

Resumo

O presente artigo pretende mostrar que as funções de escritor e de crítico de textos literários em Machado de Assis não ocorreram sempre separadas. A hipótese é que Machado, ao escrever seus romances e contos, consciente, estava assumindo a postura de escritor-crítico, e, posteriormente na maturidade, escritor-mentor do que se pode considerar a nova literatura brasileira. Ele proporia uma literatura com laivos nacionais, realistas e românticos, sem qualquer estilo preestabelecido por essas escolas e buscaria nos seus célebres motes, como o conflito entre essência e aparência, confirmar seu projeto. Por meio da comparação entre as críticas apresentadas nos seus dois ensaios “Instinto de Nacionalidade” (1873) e “Eça de Queirós: o Primo Basílio” (1878), com seus dois contos “Teoria do Medalhão” e “O segredo do Bonzo”, objetiva-se perceber essas concepções.