Do dizer a gestos de (re)formulação
rastros de memória a vista?
Palavras-chave:
interpretação, memória discursiva, redação de vestibular, (re)formulaçãoResumo
No presente trabalho, buscamos compreender como o dizer do outro foi (re)formulado por scriptors em duas redações que produziram em contexto de vestibular. Para mostrar tal efeito, recorremos à noção de memória discursiva que o quadro teórico da Análise de discurso de tradição francesa elaborou. Neste ponto, concentramo-nos na descrição e interpretação de mo(vi)mentos subjetivos da ordem do confrontar, deslocar, extrair e recortar (PÊCHEUX, 1981) informações de um texto motivador exposto em uma prova de redação de vestibular. Mediante operações dessa ordem, enfatizamos que há, além de efeitos de sentido-outros em funcionamento para o dizer, lugares discursivamente demarcados para o fazer-significar de scriptors; estes, conforme veremos, assumem-no para si face à história e a outros sentidos prováveis.