A expressão do Mal no Fausto de Sokurov

Autores

  • Alexandre Lúcio Sobrinho Universidade de São Paulo (USP)

Palavras-chave:

cinema, literatura, sagrado, profano, Fausto, Sokurov

Resumo

O objetivo deste artigo é investigar como o Mal foi representado no filme de Alexander Sokurov (1951), Fausto, de 2011, adaptação livre do Fausto de Goethe (1749-1832). Queremos confrontar os elementos divinos, ou divinizados, presentes no filme, que se contrapõem aos elementos profanos e maléficos. De início, retomaremos as vertentes de estudo que analisam o Fausto de Goethe seguindo os padrões de perfectibilidade ou imperfectibilidade, ou seja, aquelas que encontram no personagem Fausto virtudes e valores a serem seguidos, e aquelas que percebem e destacam o contrário disso. Entendendo que o cineasta russo quis destacar a segunda “leitura” do personagem de Goethe, seu filme aponta os vícios humanos (a ganância, a arrogância e a luxúria, p.e.) como geradores das grandes desgraças e mazelas da humanidade (a guerra, principalmente). Este estudo procura fazer uma triangulação entre os temas Cinema, Literatura e o Sagrado. Partindo, ainda, de outras versões do mito fáustico, como as divulgadas por Christopher Marlowe (1564-1593), Paul Valéry (1871-1945), Thomas Mann (1875-1955) e Friedrich Wilhelm Murnau (1888-1931), esperamos compor um retrato crítico do personagem construído por Sokurov e excelentemente representado pelo ator Johannes Zeiler.

Biografia do Autor

Alexandre Lúcio Sobrinho, Universidade de São Paulo (USP)

Doutorando em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada) pela Universidade de São Paulo (USP). Docente da Universidade Braz Cubas, Campos I

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Publicado

2018-12-06

Edição

Seção

Artigos