Uma análise da ruptura no processo de identidade linguística, do alemão ao português na comunidade luterana de Imbituva/PR
Palavras-chave:
identidade, política linguística, sociolinguística, prática de letramentoResumo
A identidade se configura especialmente como instrumento de poder. Em muitos casos, podemos observar o domínio de um grupo sobre outros por meio da imposição linguística. Muitas vezes, as escolas podem se configurar como mantenedora ou modificadora dessa imposição, visto que, com frequência, são influenciadas pelos discursos hegemônicos políticos da sociedade. Em Imbituva/PR não foi diferente, pois eles trouxeram sua língua (alemã) e os costumes de sua terra natal para a igreja e a escola étnica da comunidade, mas, devido à Segunda Guerra Mundial, viram-se obrigados a aderir à língua portuguesa. Este trabalho reflete sobre as identidades linguísticas dos membros dessa comunidade étnico-religiosa (luterana), buscando observar como os usos e a proibição da língua alemã e a obrigatoriedade da língua portuguesa constroem as identidades linguísticas dos sujeitos. Focalizando a questão de identidade na fala dos membros e as práticas de letramentos (pesquisa etnográfica), um dos objetivos deste trabalho é discutir a imposição da língua portuguesa e o lugar da língua alemã no grupo em análise.