Clarissa e a representação de modernidade
Palavras-chave:
Erico Verissimo, modernidade, literatura e sociedadeResumo
O processo de modernização dos modos de produção inaugurado pela Segunda Revolução Industrial representou uma ruptura no modo de vida dos homens por ele afetados, causando o que Berman (2007) classificou como “turbilhão” moderno. Em 1933, o primeiro romance de Erico Verissimo, Clarissa, lança uma representação desse turbilhão a partir de sua metáfora nas relações entre os personagens pensionistas de dona Eufrasina. Nesse ambiente, surgem a personagem título, que dá vida à dicotomia entre a cidade modernizada e o campo anterior a esse processo, e o personagem observador, Amaro, que denuncia essa dicotomia e esse turbilhão moderno.