Missa como hipergênero textual
Palavras-chave:
missa, hipergênero, multimodalidade, semióticaResumo
A missa, ou Celebração Eucarística, é um evento típico de interação face a face e envolve vários gêneros. O conjunto de gêneros ritualizados na missa forma um macroenunciado ordenado e articulado. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo identificar as restrições (condições) que permitem afirmar que a missa é um hipergênero textual. Para esse propósito, apoia-se teoricamente em Cechinato (2002), Cuttaz (1961), Rouet (1981), Bakhtin (2010 [1952-3]), Bazerman (2009), Bonini (2004; 2011), Dionísio (2008), Maingueneau (2008; 2006; 2004), Marcuschi (2008; 2005), entre outros. O hipergênero textual missa requer dos participantes obediência a regras sociais e religiosas. Esse hipergênero impõe aos participantes, fiéis e sacerdote, um padrão de comportamento que colabora para o reconhecimento de que a missa é uma atividade social e religiosa historicamente construída. Reconhecer a missa como um hipergênero textual é reconhecer nela uma multimodalidade constitutiva que deve ser compreendida como uma ocorrência semiótica.