Santiago, de salao a mártir

as transformações do ethos em “O velho e o mar”, de Ernest Hemingway

Autores

  • Samuel Caetano Costa Pereira Universidade Federal de Goiás (UFG)

Palavras-chave:

O velho e o mar, Ernest Hemingway, ethos

Resumo

Este artigo objetiva compreender a transformação do ethos de Santiago, o protagonista de “O velho e o mar”, de Ernest Hemingway (2012). O estudo parte da perspectiva teórica da Análise do Discurso e toma, como principais referências, Maingueneau e Pêcheux. No começo do artigo, apresenta-se esse arcabouço teórico e um breve histórico da Análise do Discurso com a conseguinte definição da categoria do ethos. Em seguida, é desenvolvida a análise com a apreciação dos trechos do livro em que se define e transmuta o ethos de Santiago. A princípio, seu ethos é o de um salao (ou seja, “azarado” na gíria cubana), além de ser um velho, pobre e forte pescador. Depois, em sua viagem marítima, sofre uma transformação rumo a um ethos segundo, o qual depende dos elementos anteriores em sua reformulação. Doravante, Santiago se torna mártir, sobretudo após um intertexto bíblico com a Via Crucis. O estudo conclui que o ethos modificado do protagonista é determinante na compreensão da obra e lhe garante sua magnitude literária, já que o discurso da persistência do livro fala muito de e para o seu contexto de produção discursiva.

Biografia do Autor

Samuel Caetano Costa Pereira, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Licenciando em História pela Universidade Federal de Goiás

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Publicado

2021-12-08

Edição

Seção

Artigos