Teorizações foucaultianas nas práticas escolares
Palavras-chave:
relações de poder, práticas escolares, panópticoResumo
O francês Michel Foucault, em suas teorizações, não reivindicou uma nova teoria do poder, mas problematizou como o poder circula por meio de práticas discursivas e não discursivas na perspectiva de uma análise crítica genealógica das relações de poder. Foucault denomina as problematizações do corpo como um investimento político de “anatomia política” ou “mecânica de poder” – as diversas artimanhas e estratégias disciplinares que estão condicionadas pela relação de docilidade-utilidade. Ao recorrer ao Panóptico, proposto por Jeremy Bentham, Michel Foucault identifica o movimento inverso, resultante da sociedade disciplinar moderna. Nesse sentido, surgem novos agentes no cenário da vigilância como médico-juiz, professor-juiz e educador-juiz, que desindividualizam o poder que até então era destinado ao carrasco ou ao monarca, o soberano.