Memória, voz e olhar
a autorreflexão da poética espaçotemporal em “Solombra”, de Cecília Meireles
Palavras-chave:
espaço, tempo, Solombra, Cecília MeirelesResumo
Este ensaio estuda como Cecília Meireles constrói sua poética por intermédio da relação espaço-tempo no livro Solombra (1963), com base em conceitos de espaço e de tempo na literatura e na poesia.A partir da leitura de alguns poemas, busca-se compreender de que modo o “eu lírico” enfrenta o tempo e a temporalidade, elaborando, diante da imaginação e da dor da perda (pela morte), uma memória de caráter melancólico. Assim, procurou-se mostrar que a construção dos versos em Solombra (1963) se realiza, nesse contexto, por meio da memória, da voz e do olhar do “eu lírico”, que conduz uma autorreflexão acerca de sua incompreensão quanto à própria presença no mundo.