Avaliação da atividade antibacteriana in vitro do Allium sativum L.
Palavras-chave:
alho, atividade antimicrobiana, plantas medicinaisResumo
O presente trabalho tem como objetivo realizar estudo da atividade antibacteriana do Allium sativum L. frente a cepas de bactérias Gram positivas e Gram negativas. Foram utilizados os bulbos frescos de Allium sativum L. in natura, extratos vegetais aquosos obtidos por três métodos (decocção, infusão e maceração), extratos hidroalcoólicos e cápsulas de óleo de alho de 250mg. Para a identificação dos metabólitos presentes no extrato de alho foi realizada uma análise farmacognóstica, na qual se pesquisou alcaloides, antraquinonas cumarinas, flavonoides, saponinas e taninos, seguindo‐se as metodologias validadas para cada grupo. A atividade antimicrobiana foi avaliada pelo método de difusão em ágar – técnica do poço frente a cepas padrão de Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Escherichia coli (ATCC 14948) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853). Verificou‐se que apenas o alho in natura e o extrato hidroalcoólico apresentaram atividade antibacteriana ante os três microrganismos testados. Portanto, as preparações usualmente utilizadas pela população no tratamento de infecções, cápsula de óleo de alho e extratos aquosos mostraram‐se ineficazes para este fim, no presente estudo. A partir da análise farmacognóstica, observou‐se a presença de flavonoides (flavonas), taninos (hidrolisáveis), alcaloides e cumarinas no extrato hidroalcoólico, os quais podem estar contribuindo com a atividade antimicrobiana apresentada pelo extrato do alho, uma vez que o potencial antimicrobiano de extratos vegetais, muitas vezes, não se deve à única substância, mas, sim, a um conjunto dessas.