A natureza nos devaneios de Rousseau

refúgio e felicidade

Autores

  • Homero Santos Souza Filho Universidade de São Paulo (USP)

Palavras-chave:

felicidade, natureza, sensibilidade

Resumo

Este presente artigo pretende mostrar como o conceito de natureza, elaborado por Rousseau, tem papel decisivo no escrito autobiográfico Os Devaneios do Caminhante Solitário, pois esse conceito assume aí o papel de refúgio e fonte de felicidade para o filósofo. Encontrando-se num estado de solidão absoluta por ter sido forçado, por conspirações, a permanecer afastado da sociedade, Rousseau buscará então viver conforme a natureza, no contato imediato com ela, em meio a meditações e devaneios. Pelo sentimento da natureza, que Rousseau sempre cultivou, ele encontrará naquela um refúgio perfeito, pois ela oferece, tal como ele a sente, um ambiente de estética agradável, e em harmonia, que lhe trazem a tranquilidade e sensações satisfatórias a seu ser. Assim, sendo ela uma potência divina configurada numa ordem física favorável a sua sensibilidade, a natureza constitui-se para Rousseau, também, numa fonte de verdadeira felicidade, onde há benevolência, beleza, e equilíbrio.

Biografia do Autor

Homero Santos Souza Filho, Universidade de São Paulo (USP)

Bacharel e mestrando em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH – USP)

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Publicado

2018-10-15

Edição

Seção

Artigos