A dialética do amor

uma leitura de “Destruição”, de Carlos Drummond de Andrade

Autores

  • Edson Santos de Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Palavras-chave:

destruição, Drummond, pulsão, amor, ódio

Resumo

Este artigo pretende fazer uma leitura do soneto “Destruição”, de Carlos Drummond de Andrade. Partindo de categorias como amor e ódio, pulsão de vida e pulsão de morte, tentaremos mostrar que há uma relação dialética entre esses polos, que são recriados poeticamente pelo escritor mineiro, tanto no plano da macro como da microestrutura do soneto. As camadas fônicas e morfossintáticas do texto mimetizam  o movimento de fusão e destruição dos amantes. Nesse movimento, Drummond nos leva a perceber que o amor tem algo de perda e que esta dialoga com a falta e com a pulsão de morte, apontando para a negação (traço fundamental da linguagem) e para a constituição do sujeito.

Biografia do Autor

Edson Santos de Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutor em Letras: Estudos Literários, pela UFMG. Professor do Centro Pedagógico da UFMG (Coltec)

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Publicado

2018-12-06

Edição

Seção

Artigos