Posicionamento de armadilhas com diferentes cores para captura de Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) e sua relação com fatores abióticos
Palavras-chave:
monitoramento, broca-do-café, controle, semioquímicosResumo
A broca-do-café (Hypothenemus hampei) (Ferrari, 1867) (Coleoptera: Curculionidae: subfamília Scolytinae) causa danos quantitativos e qualitativos ao fruto. O controle torna-se cada vez mais difícil, com isso, novas alternativas precisam ser criadas e o uso de armadilhas com semioquímicos pode ser uma opção para monitoramento, captura e controle da praga. O objetivo do presente estudo foi avaliar a atração por armadilhas de cores variadas posicionadas em alturas diferentes na planta e sua correlação com os fatores abióticos na captura da broca-do-café. O experimento foi conduzido em Carmo do Paranaíba - MG onde foram testadas armadilhas modelo IAPAR verdes, transparentes, vermelhas e amarelas fixadas nos terços inferior, médio e superior das plantas. O atrativo continha álcool metílico, álcool etílico e pó de café. Dados de temperatura média, pluviosidade e umidade relativa do ar foram coletados e as avaliações foram realizadas a cada sete dias. Os resultados mostraram que outros fatores além dos estímulos visuais podem estar envolvidos no processo de localização e colonização de frutos de café por fêmeas adultas. O posicionamento não interferiu na captura, sugerindo que outras condições além do estádio fenológico da planta podem influenciar na altura de voo das fêmeas, como o vento e frequência de chuvas. As armadilhas verdes, transparentes e vermelhas capturaram o maior número de fêmeas. As capturas foram iguais nos três terços da planta. A umidade do ar e a pluviosidade influenciaram nas capturas das brocas-do-café pelas armadilhas.