Controle biológico de Sclerotinia sclerotiorum e promoção de crescimento em feijoeiro
Palavras-chave:
mofo branco, Phaseolus vulgaris, L., biocontroleResumo
A diversidade de patógenos nos solos brasileiros é uma condição limitante à produção agrícola. Entre estes podemos destacar o fungo Sclerotinia sclerotiorum, que é agente causal do mofo branco e que, por apresentar estruturas de resistência, dificulta o seu controle. O emprego de agentes biocontroladores como Trichoderma e Coniothyrium tem se tornado uma promissora estratégia no manejo da doença. O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de Trichoderma spp. e C. minitans na promoção de crescimento e controle de mofo branco in vitro e in vivo na cultura do feijão. Avaliou-se a germinação de escleródios e competitividade e em casa de vegetação os vasos contendo solo foram corrigidos nutricionalmente e infestados com S. Sclerotiorum. Posteriormente, foi realizada a aplicação dos agentes biocontroladores e realizada a semeadura de feijão. Para avaliar a incidência da doença nas plantas foram atribuídas notas de severidade da doença e percentual de mortalidade. Foram avaliadas massa de matéria seca da parte aérea, raiz, área foliar e redução da quantidade de escleródios na área. Os isolados mostraram-se capazes de controlar mofo branco; os agentes biocontroladores apresentaram inibição de germinação de escleródios entre 13 a 60%, e em 60 e 70% para crescimento micelial. Os isolados apresentaram índices de crescimento de 223,94% a 1104,32% em relação ao controle negativo. Em propágulos na área, os isolados C. minitans e T.001 obtiveram menores índices de escleródios totais viáveis no solo, sendo essa redução em 53,57% e 57,55% respectivamente. Os isolados demonstraram potencial para promoção de crescimento em feijoeiro e controle de S. sclerotiorum.