Velocidade do autopropelido na distribuição de calda sobre Zea mays (L.)
Palavras-chave:
manejo fitossanitário, pulverização, sanidade, máquinas agrícolasResumo
A regulagem e a calibração dos pulverizadores exercem grande importância no sucesso da prática, sendo a velocidade de pulverização um dos parâmetros de maior peso para a prática, afetando demais parâmetros. Portanto, este trabalho tem como objetivo avaliar a velocidade do pulverizador autopropelido na distribuição de calda na cultura do milho no estádio de pleno florescimento. O trabalho foi conduzido na Fazenda Retiro, Patos de Minas (MG). Os tratamentos consistiram em cinco velocidades de pulverização 5; 10; 15; 20 e 25 km h-1 com cinco blocos. Os tratamentos foram aplicados com auxílio de pulverizador autopropelido BS3120 Valtra®, adaptado com bico cônico (MGA 025 – Magnojet®) e vazão estimada de 100 L ha-1. As avaliações foram realizadas com auxílio do papel hidrossensível instalados no terço médio das plantas. Depois da aplicação dos tratamentos, eles foram analisados usando o software Dropscope®. Os tratamentos foram aplicados no estádio de desenvolvimento de pleno florescimento (R1). Foram realizadas avaliações de volume total aplicado, densidade de gotas, diâmetro mediano volumétrico, área coberta, potencial de deriva e diâmetro médio de gota. As médias dos tratamentos foram submetidas ao teste F (p<0,05) e, quando significativas, foram ajustadas ao modelo de regressão cúbico. A partir da derivação das curvas de regressão, foram obtidos os pontos de máxima das equações e determinação da melhor velocidade a ser utilizada. A velocidade de pulverização a 8 km h-1 proporcionou maior volume aplicado, sendo que a maior densidade de gotas foi obtida pela velocidade de 9,2 km h-1 e 8,7 km h-1 para avaliação de área coberta, sendo a faixa de velocidade entre 8 e 9,2 km h-1 mais indicada para a cultura do milho no estádio R1. O aumento da velocidade possivelmente promoveu redução do tamanho das gotas e perda por deriva, impedindo que as gotas provenientes das velocidades de 15; 20 e 25 km h-1 atingissem o dossel , porém o potencial de deriva no terço superior não foi quantificado neste experimento. A classificação do tamanho de gota foi “média” para as velocidades de 5 e 10 km h-1 e “fina” para os demais tratamentos – 15; 20 e 25 km h-1 – corroborando a hipótese de que houve potencial deriva nestes tratamentos antes das gotas serem quantificadas no papel hidrossensível. Em conclusão, a velocidade de pulverização entre 8 e 9,2 km h-1 promoveu maior cobertura de pulverização no terço médio das plantas de milho, sendo o mais indicado para esta prática.