Velocidade do autopropelido na distribuição de calda sobre Zea mays (L.)

Autores

  • Lucas Duarte Sousa França Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Lucas da Silva Mendes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

manejo fitossanitário, pulverização, sanidade, máquinas agrícolas

Resumo

A regulagem e a calibração dos pulverizadores exercem grande importância no sucesso da prática, sendo a velocidade de pulverização um dos parâmetros de maior peso para a prática, afetando demais parâmetros. Portanto, este trabalho tem como objetivo avaliar a velocidade do pulverizador autopropelido na distribuição de calda na cultura do milho no estádio de pleno florescimento. O trabalho foi conduzido na Fazenda Retiro, Patos de Minas (MG). Os tratamentos consistiram em cinco velocidades de pulverização 5; 10; 15; 20 e 25 km h-1 com cinco blocos. Os tratamentos foram aplicados com auxílio de pulverizador autopropelido BS3120 Valtra®, adaptado com bico cônico (MGA 025 – Magnojet®) e vazão estimada de 100 L ha-1. As avaliações foram realizadas com auxílio do papel hidrossensível instalados no terço médio das plantas. Depois da aplicação dos tratamentos, eles foram analisados usando o software Dropscope®. Os tratamentos foram aplicados no estádio de desenvolvimento de pleno florescimento (R1). Foram realizadas avaliações de volume total aplicado, densidade de gotas, diâmetro mediano volumétrico, área coberta, potencial de deriva e diâmetro médio de gota. As médias dos tratamentos foram submetidas ao teste F (p<0,05) e, quando significativas, foram ajustadas ao modelo de regressão cúbico. A partir da derivação das curvas de regressão, foram obtidos os pontos de máxima das equações e determinação da melhor velocidade a ser utilizada. A velocidade de pulverização a 8 km h-1 proporcionou maior volume aplicado, sendo que a maior densidade de gotas foi obtida pela velocidade de 9,2 km h-1 e 8,7 km h-1 para avaliação de área coberta, sendo a faixa de velocidade entre 8 e 9,2 km h-1 mais indicada para a cultura do milho no estádio R1. O aumento da velocidade possivelmente promoveu redução do tamanho das gotas e perda por deriva, impedindo que as gotas provenientes das velocidades de 15; 20 e 25 km h-1 atingissem o dossel , porém o potencial de deriva no terço superior não foi quantificado neste experimento. A classificação do tamanho de gota foi “média” para as velocidades de 5 e 10 km h-1 e “fina” para os demais tratamentos – 15; 20 e 25 km h-1 – corroborando a hipótese de que houve potencial deriva nestes tratamentos antes das gotas serem quantificadas no papel hidrossensível. Em conclusão, a velocidade de pulverização entre 8 e 9,2 km h-1 promoveu maior cobertura de pulverização no terço médio das plantas de milho, sendo o mais indicado para esta prática.

Biografia do Autor

Lucas Duarte Sousa França, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Agronomia

Lucas da Silva Mendes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

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Publicado

2023-05-09

Edição

Seção

Artigos