Óxido de cálcio na ensilagem de cana-de-açúcar
Palavras-chave:
produção de efluente, silagem, valor nutritivoResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização de doses de óxido de cálcio (cal) na ensilagem da cana-de-açúcar. Para isso, utilizou-se um delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e três repetições. Os tratamentos consistiram na ensilagem da cana-de-açúcar sem a utilização do óxido de cálcio (controle) e ensilagem utilizando 0,5%, 1,0% e 1,5% de óxido de cálcio. A cana-de-açúcar foi ensilada com 31,8% de MS em silos experimentais de PVC, os quais permaneceram fechados por 202 dias. Após esse período, os silos foram abertos e parte da silagem central de cada silo foi utilizada para avaliação do potencial hidrogeniônico (pH) e das porcentagens de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente acido (FDA), lignina e hemicelulose. Utilizando-se dos pesos dos silos, também se calculou a produção de efluentes. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e, em seguida, à análise de regressão. A porcentagem de PB (5,4%), de lignina (8,7%) e a produção de efluente (46 kg/t de matéria natural) não foram influenciadas (P>0,05) pelos tratamentos. No entanto, foi observado efeito linear (P<0,05) para as variáveis MS e FDA e efeito quadrático (P<0,05) para as variáveis FDN e pH. A utilização de 1 a 1,5% de óxido de cálcio na ensilagem de cana-de-açúcar proporcionou parâmetros indicativos de uma silagem de melhor qualidade.