Resposta fisiológica de mudas de café à aplicação foliar de estrobilurina-piraclostrobina e silício
Palavras-chave:
Coffea arabica, fungicida, efeito fisiológico, análise de crescimentoResumo
O experimento foi conduzido em viveiro de maio de 2008 a janeiro de 2009 com o objetivo de avaliar respostas fisiológicas de mudas de café Catuaí Vermelho 144 à aplicação da estrobilurina piraclostrobina. O delineamento adotado foi o de blocos ao acaso com sete tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram: testemunha (T1), piraclostrobina+metiram (T2), piraclostrobina+metiram + silício (T3), piraclostrobina (T4), piraclostrobina + silício (T5), piraclostrobina+ metiram + boscalida (T6), hidróxido de cobre (T7). Foram realizadas avaliações fenométricas de massa seca e taxa de crescimento de plantas. A massa seca de caule, folhas e raiz aumentou significativamente após o terceiro par de folhas para os tratamentos que receberam aplicação da estrobilurina piraclostrobina, contribuindo para o aumento da matéria seca total nestes tratamentos. Nestes tratamentos também se observou o aumento da área foliar a partir do terceiro par de folhas, onde se verifica um acréscimo superior a 25% nos tratamentos com a estrobilurina em relação à testemunha, e de 15% em relação ao hidróxido de cobre. Novamente a aplicação da piraclostrobina favoreceu as plantas na sua intensidade de cor verde (índice SPAD), o que representa, consequentemente, aumento nos teores de clorofila total foliar. As avaliações de taxa de crescimento absoluto e taxa de crescimento relativo mostram que a estrobilurina piraclostrobina incrementou a massa seca nos tratamentos, principalmente após o terceiro par de folhas. Também se observa que a taxa de assimilação líquida foi 18% maior em relação ao hidróxido de cobre, e 30% maior em relação à testemunha, sugerindo uma maior capacidade fotossintética. Porém as análises de área foliar específica demonstram que apesar do maior crescimento e desenvolvimento, as folhas perderam em espessura para os tratamentos com a estrobilurina piraclostrobina. A partir destes resultados conclui-se que a estrobilurina piraclostrobina atua na fisiologia da planta de café, permitindo um maior crescimento e desenvolvimento da muda.