Aplicação de estrobilurina na cultura do milho
alterações fisiológicas e bromatológicas
Palavras-chave:
piraclostrobina, nitrato redutase, produtividade, Zea mays L.Resumo
O milho é, mundialmente, um dos cereais mais utilizados para alimentação humana e animal. Entretanto, alguns problemas fitossanitários, como o ataque de fungos patogênicos, afetam o potencial produtivo desta cultura. Para tanto, fungicidas precisam ser utilizados para garantir o sucesso da lavoura. Atualmente, alguns fungicidas à base de estrobilurina têm tanto efeito de combate ao patógeno quanto efeito fisiológico, favorável, às plantas. O presente trabalho objetivou avaliar efeitos fisiológicos e bromatológicos em plantas de milho, após a aplicação foliar da estrobilurina piraclostrobina, associada a diferentes doses de nitrogênio. O experimento foi conduzido em campo, na área experimental da ESALQ/USP, Piracicaba/SP. A cultura utilizada foi o milho (Zea mays L.) híbrido DKB 330, cultivado sob sistema de irrigação por pivô central. O experimento foi constituído por sete tratamentos: T1N (sem fungicida + 30 kg ha-1 N); T2N (Sem fungicida + 60 kg ha-1 N); T3N (Sem fungicida+ 90 kg ha-1 N); T4NP (Piraclostrobina + tebuconazole + 30 kg ha-1 N); T5NP (Piraclostrobina + tebuconazole + 60 kg ha-1 N); T6NP (Piraclostrobina + tebuconazole + 90 kg ha-1 N) e T7NA (Azoxystrobin + ciproconazole + 90 kg ha-1 N). Foram realizadas medidas fonométricas, fisiológicas e bromatológicas Os resultados obtidos mostram que a aplicação de estrobilurina piraclostrobina proporcionou um incremento médio na atividade da enzima nitrato redutase de 56% e um aumento na produtividade de 8 sacas ha-1 a cada 30 kg de N adicionado ao solo quando comparados aos tratamentos sem aplicação. As variáveis de massa seca, proteína bruta e estrato etéreo não sofreram alteração. Assim, concluiu-se que a aplicação foliar de estrobilurina piraclostrobina, na cultura do milho, ocasiona um incremento da atividade metabólica desta cultura e, consequentemente, um aumento na produtividade de grãos, no entanto, não promove alterações nas variáveis bromatológicas.