Tolerância ao déficit hídrico na germinação de sementes de soja tratadas com Bacillus aryabhattai

Autores

  • Igor Pereira de Castro e Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Wellington Ferrari da Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

estresse abiótico, Glycine max, microrganismos benéficos

Resumo

O uso adequado de doses de produtos à base de microrganismos benéficos pode mitigar o efeito do estresse hídrico na germinação de sementes de soja. Objetivou-se avaliar o efeito de doses crescentes de um produto à base de Bacillus aryabhattai em sementes de soja, durante a fase de germinação, em relação à tolerância ao déficit hídrico. O estudo foi desenvolvido no Laboratório e Núcleo de Pesquisa e Análise de Sementes do Centro Universitário de Patos de Minas, adotando-se o delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos corresponderam a diferentes doses de um produto à base de B. aryabhattai no tratamento de sementes, sendo 0,0; 2,0; 4,0; 8,0 e 16,0 mLkg-1 de semente. O estresse hídrico no teste de germinação foi induzido a partir de uma solução de água e cloreto de sódio. As avaliações de porcentagem de plântulas normais, anormais e de sementes mortas foram realizadas aos 5 e 8 dias após a implantação do teste. Além disso, determinou-se comprimento da raiz (CR), comprimento da parte aérea (CPA), massa de matéria fresca de parte aérea (MFPA), massa de matéria fresca de raiz (MFR), massa de matéria seca da parte aérea (MSPA) e massa de matéria seca de raiz (MSR). Aos 5 dias, a maior porcentagem de plântulas normais, em comparação ao controle, ocorreu nas doses 2,0; 4,0 e 8,0 mLkg-1, sendo que essas doses também resultaram em menor porcentagem de plântulas anormais comparadas à dose 0,0 mLkg-1. Aos 8 dias, verificou-se maior porcentagem de plântulas normais com uso da dose 8,0 mLkg-1. Maior CPA comparado ao controle foi obtido no tratamento correspondente à dose 2,0 mLkg-1 do produto, sendo que esse resultado pode estar associado a melhorias na atividade hormonal vegetal na presença da bactéria. O CR, MFPA e MSPA não foram influenciados pelos tratamentos, enquanto as doses 2,0 e 4,0 mLkg-1 resultaram em maior MFR comparado ao controle. Para MSR, o tratamento 0,0 mLkg-1 apresentou resultado inferior aos demais tratamentos avaliados. Concluiu-se que as doses do produto à base de B. aryabhattai no tratamento de sementes influenciaram a germinação das sementes de soja sob condições de estresse hídrico, com maior porcentagem de germinação aos cinco dias com as doses 2,0; 4,0 e 8,0 mL kg-1 e aos oito dias com a dosagem 8,0 mL kg-1. Além disso, a dose 2,0 e as doses 2,0 e 4,0 mL kg-1 do produto resultaram em maior CPA e valores superiores de MFR, respectivamente, enquanto MSR foi positivamente influenciada pelo tratamento de sementes com B. aryabhattai, independentemente da dosagem aplicada.

Biografia do Autor

Igor Pereira de Castro e Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Agronomia

Wellington Ferrari da Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

Downloads

Publicado

2023-12-12

Edição

Seção

Artigos