Extrato de algas na produção do tomate cereja
Palavras-chave:
Ascophyllum nodosum, bioestimulante, tomateiroResumo
O tomateiro é uma cultura de grande importância econômica e nutricional, destacando-se no Brasil pelo alto consumo e valor de mercado, especialmente a variedade cereja. Devido aos elevados custos de produção, busca-se alternativas sustentáveis como o uso de extrato de algas marinhas, especialmente Ascophyllum nodosum, que atua como bioestimulante, promovendo crescimento, produtividade e resistência das plantas. Este estudo teve como objetivo avaliar doses desse extrato na produção de tomate cereja da cultivar Carolina. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no município de Rio Paranaíba (MG), entre maio e agosto de 2025, durante 95 dias após o transplantio das mudas. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados (DBC), com seis tratamentos e cinco blocos, totalizando 30 parcelas experimentais compostas por vasos de 8 litros contendo duas mudas inicialmente, retirando uma planta após o desbaste. Os tratamentos foram compostos por doses do produto comercial à base de Ascophyllum nodosum (0,0; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5 L ha-1), aplicadas via foliar, com pulverizações realizadas aos 15 e 30 dias após o transplantio. Aos 95 dias, foram avaliados altura de parte aérea (cm), massa seca de parte aérea e radicular (g), quantidade e peso de frutos (g). Os dados foram submetidos à análise de variância e, quando significativos, ajustados a modelos de regressão ao nível de 5% de probabilidade. Para quantidade e peso de frutos, observou-se ajuste ao modelo quadrático, indicando incremento das variáveis até a dose de 1,5 L ha⁻¹, ponto de máxima eficiência. Doses superiores reduziram o desempenho, embora todas tenham superado o tratamento controle (0,0 L ha⁻¹). Conclui-se que o extrato de algas à base de Ascophyllum nodosum promoveu incrementos nos parâmetros produtivos do tomateiro cereja, sendo a dose de 1,5 L ha⁻¹ a mais eficiente nas condições experimentais.

