Análise do vigor de sementes de duas variedades de sorghum bicolor L. através do teste de frio
Palavras-chave:
sorgo, temperatura, condições adversas, germinação, qualidade fisiológicaResumo
O sorgo (Sorghum bicolor L.) é uma cultura altamente adaptada a condições de altas temperaturas e déficit hídrico, sendo essencial a utilização de sementes de elevada qualidade fisiológica para garantir um bom estabelecimento inicial da lavoura. Este trabalho teve como objetivo avaliar o vigor de sementes de duas variedades de sorgo (SHS 570 e SHS 410) por meio do teste de frio, considerando diferentes temperaturas e tempos de exposição. O experimento foi conduzido no Laboratório Núcleo de Pesquisa e Análise de Sementes do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em um esquema fatorial de 2 x 2 x 2, sendo duas variedades de sorgo (SHS 570 e SHS 410), com duas temperaturas (8 e 15 ºC) e dois tempos de exposição (7 e 10 dias), com quatro repetições de 50 sementes por tratamento, com um total de 32 parcelas experimentais. Após o teste foram avaliados a porcentagem de plântulas normais, o comprimento da parte aérea e o comprimento da raiz. As médias foram submetidas à análise de variância através do programa computacional SISVAR, e posteriormente submetidas ao teste de Tukey, a nível de 5% de significância. Os resultados indicaram que a variedade SHS 570 destacou-se pelo maior vigor, apresentando maior porcentagem de plântulas normais e maior desenvolvimento da parte aérea e do sistema radicular e demonstrando maior tolerância ao estresse causado por baixas temperaturas. Em contrapartida, a variedade SHS 410 mostrou-se mais sensível ao frio. A condição térmica de 8 °C proporcionou a melhor distinção do potencial fisiológico entre os genótipos, enquanto o tempo de exposição (7 e 10 dias) não influenciou os resultados. Concluiu-se que a variedade SHS 570 apresentou maior vigor e tolerância ao frio em comparação à SHS 410. A temperatura de 8 °C foi mais eficiente para discriminar o potencial fisiológico das sementes, enquanto o tempo de exposição (7 ou 10 dias) não afetou significativamente os resultados.

