Captura de fêmeas da broca-do-café com utilização de armadilhas PET
Palavras-chave:
atrativos voláteis, cafeicultura, controle populacional, pragasResumo
A cafeicultura representa uma importante fonte de renda para a economia brasileira, proporcionando benefícios diretos e indiretos à população. No entanto, a produção de café é ameaçada por diversas pragas, sendo a broca-do-café (Hypothenemus hampei) a principal, responsável por perdas expressivas na qualidade e quantidade de grãos. Entre as ferramentas de monitoramento populacional, as armadilhas PET contendo atrativos voláteis têm apresentado resultados promissores. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de diferentes modelos de armadilhas PET na captura de adultos de H. hampei. O experimento foi conduzido na Fazenda Aragão, em Patos de Minas (MG), em delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 3x3, com nove tratamentos e cinco repetições. Foram testados os modelos IAPAR, GENEB 1 e GENEB 3.1, com e sem atrativos (etanol + metanol + café torrado) e com e sem difusores. As avaliações foram realizadas semanalmente durante quatro meses, consistindo na contagem do número de brocas capturadas em cada armadilha no laboratório. Foram coletados também dados de temperatura, umidade e pluviosidade ao longo do período. Por fim, os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e à comparação de médias pelo teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram que a presença de atrativos aumentou significativamente a captura da praga, destacando-se os modelos GENEB 1 e GENEB 3.1, com médias superiores em relação ao modelo IAPAR. Além disso, verificou-se influência de variáveis climáticas, como umidade e pluviosidade, sobre os picos populacionais do inseto. Concluiu-se que armadilhas que continham atrativo capturaram 509% a mais de fêmeas de H. hampei, e os modelos GENEB 1 e GENEB 3.1, na captura, foram superiores estatisticamente ao modelo IAPAR.

