O corpo do monstro na literatura de horror sobrenatural
Drácula, de Bram Stoker, e O Historiador, de Elizabeth Kostova
Palavras-chave:
discurso, corpo, sujeito, literaturaResumo
Este estudo teve como objetivo analisar o funcionamento discursivo sobre o corpo do monstro e a noção de mortalidade/imortalidade materializada nas obras Drácula, de Bram Stoker, e O Historiador, de Elizabeth Kostova, numa relação entre a metáfora e a metonímia (LAGAZZI, 2013, 2014). Para isso, baseamos em conceitos da Análise de Discurso como discurso, memória, sujeito (ORLANDI, 2005, 2007, 2012) e corpo (COURTINE, 2011). Desse modo, o desejo da imortalidade constitui sentidos sobre o corpo do monstro, tomado aqui enquanto um objeto metonímico do desejo, constituído numa relação metafórica nos modos de dizer e significar o monstro, atravessado sempre pelo olhar do outro que diz sobre ele. Compreendemos que há uma projeção histórica e social que ressignifica a imagem do vampiro/monstro, retomando sentidos já dados como também os deslocando da imagem de vampiro convencional, questionando o modo como o corpo do monstro é significado na sociedade.