A episteme do sapere e os movimentos sinápticos em um poema de Ana Martins Marques
Palavras-chave:
Teoria Literária, epistemologia filosófica, neurolinguísticaResumo
O saber é a principal ferramenta do Homo s. sapiens – é aquilo que caracteriza esse ser biológico como espécie. Entretanto, o que o humano sabe? E como pode ser o sabor neurológico do saber? Este artigo buscará refletir sobre estas questões a partir do poema “O que eu sei”, da poetisa mineira Ana Martins Marques, que tem como evento poético a paradoxal e limitada sabedoria humana, representada por mecanismos linguísticos metafóricos e empíricos. Não obstante, na construção textual do poema, parece haver uma afinidade com as teorias neurolinguísticas sobre a formação dos pensamentos, em especial às observações de Luria (1976) e Hagoort (1997). Nas reflexões finais, Kant (2015), indiretamente, se faz presente neste poema de Ana Martins Marques.