A presença do inconsciente em Um Sopro de Vida, de Clarice Lispector
Palavras-chave:
Clarice Lispector, literatura, psicanálise, escritaResumo
A escrita clariceana ultrapassa os sentidos dúbios da palavra; quando tenta nomear as sensações e os sentimentos, sempre há algo que falta. Em Um Sopro de Vida, Clarice Lispector está sempre a questionar sobre a realidade empírica e o que se é possível nomear, por isso ela foi escolhida para auxiliar a explorar, de maneira sucinta, diálogos que há entre a literatura – a arte da palavra possuidora de subjetividade, com caráter estético – e a psicanálise – área do saber que investiga os discursos do sujeito, pois neles o inconsciente está latente. Assim, por intermédio de uma pesquisa de base teórica, realizou-se o fichamento da obra clariceana supracitada e, posteriormente, uma análise qualitativa atrelada à bibliográfica. Com isso, tornou-se possível entender que, na escrita clariceana, há sempre um vazio na palavra.