O Judas em Sábado de Aleluia

disfarce e reconhecimento numa comédia de Martins Pena

Autores

  • Isabel Maria Lopes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Luís André Nepomuceno Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

teatro brasileiro, comédia, Martins Pena, Brasil Império

Resumo

O presente artigo propõe uma discussão acerca da obra de Martins Pena, fundador da comédia de costumes no Brasil, dando destaque a O Judas em Sábado de Aleluia (1844), texto produzido no Rio de Janeiro, à época a capital de um império pleno de contradições sociais e políticas, conforme o dramaturgo nos revela em muitas de suas comédias. Nessa peça, encontra-se o drama de Faustino, pobre, órfão e perseguido que, por meio da técnica do disfarce, consegue alcançar o final feliz típico das comédias. O objetivo é analisar as consequências do disfarce e do reconhecimento, estratégias que caracterizam essencialmente a comédia clássica e que são recorrentes na obra de Pena. Ao comparar Faustino a outros personagens do mesmo comediógrafo, é possível perceber, por exemplo, a orfandade como elemento social comum. Como Martins Pena é um exímio retratista das mazelas sociais do Segundo Império, é possível perceber, em suas denúncias, a falta de uma base estrutural doméstica (a falta do pai e/ou da mãe), aqui entendida como a própria ausência do Estado, modelo de uma instituição corrompida e clientelista. A pesquisa está sustentada numa leitura histórica e social, tendo como parâmetro o Brasil do Segundo Império, a partir de autores como Candeias (2014), Arêas (2012), Amenda (2006).

Biografia do Autor

Isabel Maria Lopes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduada em Letras

Luís André Nepomuceno, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

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Publicado

2018-08-01

Edição

Seção

Artigos