Na parede, o branco, resta
Maura Lopes Cançado e Maria Gabriela Llansol: restante vida e escrita-coisa
Palavras-chave:
restante vida, escrita, Maura Lopes Cançado, Maria Gabriela LlansolResumo
A pergunta para a origem da escrita e, por conseguinte, para sua destinação, guia grande parte da crítica literária. Com várias respostas, há a reflexão que, aproximando-se da psicanálise de orientação lacaniana, compreende a escrita como apresentação, ou criação, como o véu mais próximo do real. Objetivamos, com Maura Lopes Cançado e Maria Gabriela Llansol, refletir sobre a escrita como matéria e forma do viver, como o elemento mais próximo do real e, portanto, longe das noções de representação e de metáfora. Para tanto, colocaremo-nos próximos à relação psicanálise-literatura, conforme Lúcia Castello Branco, e à noção de escrita de Maurice Blanchot, procurando como, a partir do resto – do desejo e das coisas –, constrói-se uma escrita da restante vida que realiza o ato de escrever como proposição de humano.