Derivação sufixal

funcionamento e sentidos do sufixo –dor1 e –dor2 no português arcaico

Autores

  • Maísa Carla dos Santos Costa Universidade Federal da Bahia (UFBA)
  • Juliana Soledade Barbosa Coelho Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Palavras-chave:

português arcaico, sufixo –dor, sentidos e funcionamento

Resumo

Este trabalho apresenta dados encontrados em textos do século XV e XVI disponibilizados no CIPM (Corpus Informatizado do Português Medieval) e tem por objetivo fazer o levantamento de palavras que possuem derivação sufixal. O interesse pelo sufixo –dor, aqui estudado, surgiu a partir da observação feita por Coelho (2005) que, em sua tese de doutoramento dedicada à sufixação no português arcaico, não verificou o emprego desse sufixo com valor agentivo não-humano, o que no português contemporâneo é bastante produtivo, como se pode verificar nas lexias: elevador, computador, etc. Segundo Coelho (2005), –dor1 é um substantivador deverbal muito produtivo no português arcaico e pode apresentar os seguintes traços semânticos polissêmicos: 1) [+ agente ativo humano]; 2) [+ agente passivo] ou [+ experienciador]. No português atual, a polissemia de –dor1 é ainda acrescida da possibilidade de 3) [+ agente ativo não-humano]. O sufixo –dor2 apresentaria a noção ‘locativo’. A ausência de palavras com os traços [+ agente ativo não-humano] parece estar relacionada ao fato de que naquele período histórico não havia eletricidade. Através de tal observação, vê-se a importância em se manter presentes e renovados os estudos do português arcaico.

Biografia do Autor

Maísa Carla dos Santos Costa, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Graduanda em Letras

Juliana Soledade Barbosa Coelho, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Professora orientadora

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Publicado

2018-08-01

Edição

Seção

Artigos