De neblina e de concreto
um estudo sobre a construção de realidades n'A emparedada da Rua Nova
Palavras-chave:
A Emparedada da Rua Nova, construção de realidades, folhetimResumo
O folhetim divulgado no periódico recifense Jornal Pequeno entre 1909 e 1912, A Emparedada da Rua Nova, obra mais conhecida de Joaquim Maria Carneiro Vilella – escritor, jornalista e artista pernambucano nascido em 1846 - é o ponto de partida para estes estudos. O objetivo é analisar a construção de realidades produzidas pela publicação. Tenta-se estabelecer relações com as noções de realidades dos sociólogos Peter Berger e Thomas Luckmann no intuito de embasar o exame feito. Procura-se, nesta pesquisa, refletir os fenômenos possíveis que um texto em jornal causa numa sociedade, incorporando-se ao seu imaginário por meio de estratégias de constituição e de relações com os seus leitores. O romance retrata uma narrativa de tragédias que se encerra com o emparedamento de uma moça grávida ainda viva pelo seu próprio pai em um sobrado de alta classe da Rua Nova, originando ou reforçando uma lenda urbana existente na capital de Pernambuco.