A aquisição da escrita em relação à instrução
uma abordagem neurodiscursiva
Palavras-chave:
Neurolinguística Discursiva, patologização do ensino, aquisição da escritaResumo
Discute-se, neste texto, o fracasso escolar associado ao processo de patologização no ensino, tema que tem mobilizado educadores e profissionais da saúde. É a Neurolinguística Discursiva que permitirá aos professores novas leituras das patologias da linguagem, podendo observar em sua prática o processo de aquisição da escrita infantil, o qual pressupõe um “outro”** que participa efetivamente da instrução* dessa criança a partir do trabalho estabelecido pela e na linguagem. Nesse sentido, ao buscar indícios singulares durante a elaboração de escrita de uma criança que frequentou o Centro de Convivência de Linguagem na Universidade Estadual de Campinas, é feita uma revisão bibliográfica a fim de subsidiar uma breve análise dos dados encontrados.
* O termo instrução passou a ser adotado neste trabalho no lugar da palavra aprendizagem, conceito abordado por Vygotsky em seus estudos. A mudança terminológica se deu com a tese de Doutorado pela Universidade de Brasília, de Zoia Ribeiro Prestes. Para a autora instrução seria “uma atividade, no sentido definido por Marx em O capital, quando diz que o homem, utilizando instrumentos por meio do trabalho, muda a natureza externa e muda, com isso também, a sua própria natureza” (PRESTES, 2010, p. 188).
** Entende-se o “outro” como “interlocutor fisicamente presente ou representado e necessário ponto de referência para esse sujeito em constituição” (MAYRINK-SABINSON, 1997, p. 41).