A visualidade da literatura e a literatura da imagem

Autores

  • Larissa Cristina Arruda de Oliveira

Palavras-chave:

literatura e imagem, expressionismo, arte social

Resumo

Graciliano e Portinari, além de amigos, tinham algo em comum que os unia mais fortemente: o desejo de expressar em suas obras o autêntico homem brasileiro, o trabalhador e o retirante no seu cotidiano. O que aproxima as obras de Graciliano e Portinari, como recurso estilístico, é o uso da deformação expressionista. A deformação expressiva é o veículo de que se serve o artista para afirmar o caráter positivo do trabalhador em oposição à dimensão alienada do trabalho. A denúncia de uma realidade opressora está no gigantismo, nas cores, na linguagem seca e ríspida. Essa arte social aparece tanto em Graciliano quanto em Portinari como uma vontade de reagir, ou pelo menos, resistir a uma realidade profundamente hostil, que nos mostra todo o tempo a humanidade alquebrada pela dor. Para Portinari e Graciliano Ramos a arte é antes de tudo um ato de consciência crítica, a arma da qual eles dispõem e se servem para que o homem possa ter uma existência mais digna*.

 

* Este artigo faz parte do Projeto de Iniciação Cientifica, em andamento, financiado pelo CNPQ,  Dois artistas e uma realidade: Graciliano Ramos e Cândido Portinari, orientado pela Professora doutora Tânia Pellegrini.

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Publicado

2018-08-01

Edição

Seção

Artigos