O cotidiano vivido e não vivido na poesia de Bruna Beber e Jeanne Callegari

Autores

Palavras-chave:

cotidiano, memória, Bruna Beber, Jeanne Callegari

Resumo

O cotidiano sempre foi um tema recorrente na poesia, mas na contemporaneidade ele ressurge renovado, associado à memória tanto do vivido quanto do não vivido. Esse processo permite que, em meio às questões triviais, lancem-se questões existenciais, manifestando o sublime no ordinário. A partir das obras Rua da padaria (Beber, 2013) e Miolos Frescos (Callegari, 2015), observa-se que o cotidiano é reconfigurado por meio da memória, tornando-se uma forma de (re)criação da ocasião desejada pelo sujeito lírico. Nessas produções, o eu reflete no outro, possibilitando que, no particular, se encontre o universal. Esta pesquisa analisa uma seleção de poemas dessas obras, com o objetivo de examinar como as poetas Beber e Callegari retratam o cotidiano, conferindo-lhe um viés lírico-objetivo, onde a poesia se volta para as coisas do mundo. Com base em um estudo bibliográfico e analítico, buscamos compreender de que maneira o cotidiano é abordado na poesia contemporânea brasileira a partir dos anos 2000.

Biografia do Autor

Sofia Lorie Coimbra, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Discente de Letras Português e Literaturas de Língua Portuguesa - Licenciatura. Bolsista CNPq/ PIBIC.

 

Ana Érica Reis da Silva Kühn, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Doutora e Mestre em Letras e Linguística pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás. A tese de doutoramento tem como foco a poesia e os ensaios críticos de Paulo Leminski. O estudo de mestrado trata sobre os sentidos de performance da poesia de Paulo Leminski. Graduada em Letras com habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Professora adjunta do Instituto de Letras e Linguística (ILEEl) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Membro do Núcleo de Teoria Literária e Literaturas de Língua Portuguesa (Nuclit).  Vice-coordenadora do Grupo de Estudo em Poesia Contemporânea - GEPOC.

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Publicado

2024-10-28

Edição

Seção

Artigos