A Programação como Linguística Aplicada:
uma abordagem epistemológica e teórica
Palavras-chave:
Programação, Linguística Aplicada, Epistemologia, Sintaxe Computacional, Semântica FormalResumo
Este artigo investigou a natureza epistemológica da programação de computadores, argumentando que sua essência reside mais no campo da linguística aplicada do que no domínio estrito da tecnologia. Partindo de uma revisão teórica fundamentada em autores como Chomsky (1957), Knuth (1968) e Saussure (1916), o estudo evidenciou as estruturas sintáticas, semânticas e pragmáticas das linguagens de programação, analisando-as como sistemas de signos que medeiam a comunicação entre seres humanos e máquinas. A metodologia adotada foi de natureza qualitativa e teórico-conceitual, baseada em análise bibliográfica de fontes primárias e secundárias. O problema central residiu na desconstrução da visão instrumentalista que reduz a programação a uma mera ferramenta tecnológica, propondo, em contrapartida, uma compreensão mais ampla e humanística. Os resultados indicaram que a programação compartilha fundamentos com a linguística teórica, especialmente no que tange à gramática generativa, à análise de discurso e à pragmática. Concluiu-se que reposicionar a programação no campo da linguística aplicada pode enriquecer seu ensino, prática e desenvolvimento teórico, além de fomentar diálogos interdisciplinares entre ciência da computação, filosofia da linguagem e ciências humanas.

