Solipsismo judicial

a atual crise hermenêutica ilustrada pelo benefício assistencial de prestação continuada, tendo em vista os termos jurídicos indeterminados e a teoria da decisão judicial

Autores

  • Nicolau José Caixeta de Andrade Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

solipsismo judicial, benefício assistencial de prestação continuada, termos jurídicos indeterminados, Teoria da Decisão Judicial

Resumo

O solipsismo judicial, concebido na discricionariedade dos magistrados brasileiros quando da prestação da resposta jurisdicional, apresenta-se como um dos grandes problemas concernentes ao neoconstitucionalismo. Trata-se de uma característica ínsita ao positivismo, sendo necessário, portanto, o seu sobrepujamento. O problema do protagonismo judicial evidencia-se quando da concessão da LOAS, porquanto não há qualquer critério hermenêutico para que o intérprete outorgue ou denegue a benesse. A utilização de direitos cujo objeto é de difícil determinação, em especial o mínimo existencial, dá azo à atuação arbitrária dos juízes e tribunais, de modo que cada intérprete, por meio de suas íntimas convicções, pode fazer uso das chamadas katchangas argumentativas. Mais do que um problema inerente ao benefício assistencial, o subjetivismo está presente, em grande medida, na integralidade do ordenamento jurídico pátrio, notadamente porque o intérprete consubstancia suas decisões na dicotomia sujeito-objeto. É necessário, desse modo, trazer à baila uma teoria da decisão capaz de propiciar segurança e coerência jurisprudencial. Destarte, considerando-se o direito como plenitude, torna-se possível ao intérprete, a partir de uma compreensão calcada na tradição jurídica, alcançar uma solução adequada à Carta Republicana e ao caso concreto sob análise. Assim sendo, partindo-se, inicialmente, de uma situação específica materializada pela LOAS, o presente trabalho tem por escopo analisar as diversas facetas do solipsismo judicial, para, então, posteriormente, buscar respostas na própria integridade do direito.

Biografia do Autor

Nicolau José Caixeta de Andrade, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Acadêmico do curso de Direito do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM

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Publicado

2018-10-10

Edição

Seção

Artigos