Impacto da rede social na vida de pacientes acometidos por acidente vascular encefálico
um estudo comparativo
Palavras-chave:
acidente vascular encefálico, atenção primária, rede social, medicina de família e comunidadeResumo
O acidente vascular encefálico (AVE) é considerado uma das principais causas de morte no mundo e figura como a primeira de morte em adultos no Brasil, além de ser a principal causa de incapacitação funcional, visto que cerca de 3/4 dos indivíduos que sobrevivem ao AVE possuem sequelas permanentes. Esta pesquisa objetivou avaliar o nível de independência funcional dos pacientes acometidos pelo AVE e identificar a composição da rede social desses pacientes, além de comparar com um estudo realizado em 2016, utilizando a mesma população. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa e quantitativa, desenvolvida na Unidade de Atenção Primária à Saúde José Cláudio Arpino, em Patos de Minas (MG), no ano de 2020. A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética de Pesquisa do Centro Universitário de Patos de Minas (MG), conforme Parecer nº 3.518.802. Utilizou-se de um questionário para caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico, a Medida de Independência Funcional e o Mapa de rede social. Fizeram parte deste estudo 11 pacientes, sendo seis homens e cinco mulheres, com idades entre 57 e 79 anos, predominando ensino fundamental e estado civil de viuvez. Todos os pacientes apresentavam hipertensão arterial sistêmica e sequelas de hemiparesia. Os pacientes apresentaram maior necessidade de assistência nas áreas de cuidados pessoais, controle esfincteriano, mobilidade e locomoção. Na análise dos mapas da rede social, percebeu-se a presença de amizades, membros da família e serviços de saúde. Evidencia-se que os pacientes acometidos pelo AVE vivenciam situações complexas e graves, o que pressupõe a necessidade uma assistência integral por parte de uma equipe interdisciplinar. Pôde-se concluir que os pacientes acometidos por AVE nesta área foram alvo de Projeto Terapêutico Singular (PTS) e reestruturação da rede social adequados, o que possibilitou uma assistência integral com maior qualidade, sendo a principal responsável pela melhoria da independência funcional de cada paciente e sua consequente melhoria da Qualidade de Vida (QV).