Uso de inoculante na silagem de cenoura e raiz de mandioca
Palavras-chave:
análise bromatológica, inoculação microbiana, perdas fermentativasResumo
A alimentação dos animais representa o custo mais alto de produção. Uma forma de reduzir esse gasto é buscar alternativas como o uso de sobras de culturas. A ensilagem representa uma maneira de armazenar alimentos, e sua qualidade depende de uma fermentação eficiente, porém podem ocorrer perdas nutritivas no material ensilado. A utilização de aditivos torna-se uma boa opção, já que estes são responsáveis por melhorar os padrões fermentativos e inibir uma fermentação indesejável. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do uso do inoculante microbiano Silotrato® sobre as características bromatológicas, físicas e químicas de silagem de cenoura e de raiz de mandioca. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Bromatologia e Nutrição Animal do UNIPAM. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, sendo 4 tratamentos: silagem de cenoura sem inoculante (SCC), silagem de cenoura com inoculante (SCI), silagem de raiz de mandioca sem inoculante (SMC) silagem de raiz de mandioca com inoculante (SMI). Para cada tratamento, foram utilizadas 3 repetições, totalizando-se 12 minissilos. Os parâmetros avaliados foram perdas por gases (% MS); produção de efluentes (kg t-1 massa verde); recuperação de matéria seca (%); pH e análise bromatológica de matéria seca (MS), cinzas (MM), fibra insolúvel em detergente neutro (FDN), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE) e carboidratos não fibrosos (CNF). Não houve diferenças significativas em nenhum dos parâmetros analisados. Conclui-se que o uso do inoculante microbiano nas silagens de cenoura e raiz de mandioca não resultou em benefícios significativos relacionados ao pH, às perdas de gases e efluentes durante a ensilagem, à recuperação de matéria seca, além de também não melhorarem os componentes nutricionais para os animais.