Novas propostas e estratégias para redução da CCS em fazendas que possuem incidência e prevalência da mastite no rebanho leiteiro, na região do Alto Paranaíba (MG)
Palavras-chave:
Boas Práticas de Ordenha, mastite, qualidade do leiteResumo
A mastite causa impacto negativo em toda a cadeia leiteira. O Brasil deixa de produzir anualmente cerca de 1,75 bilhões de litros de leite devido à prevalência de mastite no rebanho. Objetivou-se, neste estudo, desenvolver um plano de ações que vise à redução da mastite em vacas leiteiras pertencentes a um grupo de cinco fazendas com problemas crônicos de CCS no leite. Verificou-se que, em todas as cinco fazendas que participaram da pesquisa, havia falhas básicas, porém muitos importantes para controle da mastite, como ausência de pré e pós dipping, deficiência na limpeza e desinfecção dos tetos, ausência da antibioticoterapia vaca seca, ambiente de descanso das vacas com acúmulo de barro ou lama, ausência da linha de ordenha e mau funcionamento do equipamento de ordenha mecânica. Diante disso, foi implementado um conjunto de Boas Práticas de Ordenha (BPO) e treinamentos para padronização do manejo com todos os colaboradores. Foi realizada também manutenção e calibração dos equipamentos de ordenha. Assim, verificou-se redução na prevalência de mastite nas fazendas A, B, C e D, sendo respectivamente 37%, 27%, 32% e 28%. No entanto, na fazenda E, a prevalência de mastite aumentou em 11,4% devido a fatores que independem do manejo de ordenha dos colaboradores.