Influência de extrato de algas (Ascophyllum/Kappaphycus) em soja

Autores

  • Letícia Campos de Melo Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Karla Vilaça Martins Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

bioestimulante, extrato de algas, macronutrientes, hormônio, produtividade

Resumo

Na cultura da soja, fatores bióticos e abióticos não atrapalham diretamente o potencial produtivo, mas prejudicam a qualidade final do produto. Para amenizar isso, o uso de bioestimulantes vem crescendo. Esses bioestimulantes interferem no desenvolvimento fisiológico da planta e no equilíbrio hormonal. Essas substâncias têm sido consideradas insumo potencial para o incremento de produção da cultura. O objetivo deste estudo foi avaliar os benefícios do uso de extrato de alga (Ascophyllum/Kappaphycus) associado com nutrientes em plantas de soja. O experimento foi implantado na Fazenda Rocheto, localizada em Perdizes (MG), no mês de novembro de 2021. Foram utilizadas plantas de soja (Glicyne max L. Merril), variedade cultivada M6210 IPRO, em delineamento experimental em blocos casualizados, constituído por seis tratamentos e cinco repetições (T1: controle; T2: Fision EA Kaphaphycus alvarezzi + Ascophyllum nodosum + Mg + N + CO 250mL ha-1; T3: Fision EA Kaphaphycus alvarezzi + Ascophyllum nodosum + Mg + N + CO 500mL ha-1; T4: Fision EA Kaphaphycus alvarezzi + Ascophyllum nodosum + Mg + N + CO 750mL ha-1; T5: Fision EA Kaphaphycus alvarezzi + Ascophyllum nodosum + Mg + N + CO 1000mL ha-1 e T6: Stimulate 500mL ha-1), aplicados nas plantas em pulverização no estádio V3/4. Foram realizadas avaliações da enzima superóxido dismutase, do teor de peróxido de hidrogênio e da peroxidação lipídica. As avaliações de análise de crescimento foram massa seca do caule, número de nós, número de ramificações, número de vagens e massa de vagens e produtividade de sacas por hectare. Para o tratamento T5 Fision EA Kaphaphycus alvarezzi + Ascophyllum nodosum + Mg + N + CO 1000mL ha-1, o melhor resultado foi superóxido dismutase e peroxidação lipídica. Nas análises de peróxido de hidrogênio e ramificação, o melhor resultado foi do T3 Fision EA Kaphaphycus alvarezzi + Ascophyllum nodosum + Mg + N + CO 500mL ha-1. Os tratamentos T5 Fision EA Kaphaphycus alvarezzi + Ascophyllum nodosum + Mg + N + CO 1000mL ha-1 e T6 Stimulate 500mL ha-1 se destacaram na análise de número de vagens. Nas avaliações de caule, massa de vagens e produtividade, o tratamento que se destacou foi o T2 Fision EA Kaphaphycus alvarezzi + Ascophyllum nodosum + Mg + N + CO 250mL ha-1. Para o tratamento T6 Stimulate 500mL ha-1, o melhor resultado foi na massa seca dos grãos. A quantidade de nós não obteve diferença entre os tratamentos. Diante disso, com esse experimento, obtiveram o melhor resultado fisiológico na planta os produtos Fision EA (Kaphaphycus alvarezii + Ascophyllum nodosum) + Mg + N + CO 1000mL ha-1 e o Stimulate 500mL ha-1. Já o resultado de crescimento e produtividade, os produtos de maior desenvolvimento foram Fision EA (Kaphaphycus alvarezii + Ascophyllum nodosum) + Mg + N + CO 250mL ha-1 e Stimulate 500mL ha-1. Concluiu-se que os bioestimulantes como extratos de algas Ascophyllum nodosum e Kappaphycus alverezii apresentam benefícios fisiológicos no desenvolvimento da soja e, com isso, uma melhor produtividade.

Biografia do Autor

Letícia Campos de Melo, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Agronomia

Karla Vilaça Martins, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora orientadora

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Publicado

2023-05-26

Edição

Seção

Artigos