Avaliação do efeito cicatrizante do óleo essencial de Melaleuca alternifólia em ratos wistar (Rattus norvegicus albinus)
Palavras-chave:
cicatrização, feridas, MelaleucaResumo
O processo de cicatrização de feridas envolve a conformação das células, os sinais químicos e as modificações com o objetivo de reestruturar o tecido lesionado. O óleo de Melaleuca é utilizado para o tratamento de diversas situações. O presente estudo teve como objetivo verificar a influência do óleo essencial de Melaleuca alternifolia na cicatrização de feridas cutâneas. O estudo foi realizado no biotério do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM). Foram utilizados oito ratos (Rattus norvegicus), da linhagem Wistar, sub-divididos em dois subgrupos: quatro animais para avaliação da cicatrização em sete dias e quatro animais para avaliação em quatorze dias. Para o procedimento cirúrgico em cada animal foram excisados dois fragmentos cutâneos de 8mm em região dorsal, sendo uma ferida na região toracolombar cranial (controle) e outra ferida na região caudal à primeira ferida (tratada) até a exposição da fáscia muscular dorsal. As feridas foram observadas diariamente. Ao término do tratamento foi coletado um fragmento de cada lesão e encaminhado para o Laboratório de Histopatologia do Centro Clinico Veterinário do UNIPAM. Na análise macroscópica não houve diferença entre as médias das áreas das feridas tratadas com as feridas-controle em sete (p=0,31) e 14 dias (p=0,52) de tratamento. Na análise microscópica houve uma discreta diferença no processo de cicatrização entre as feridas cutâneas tratadas e as feridas-controles, uma vez que alguns achados histológicos retardam, e outros auxiliam no processo de cicatrização. Em relação à epitelização, epiderme e derme das feridas tratadas, observou-se que estavam normais no sétimo dia, com exceção do RATO-4, que estava ausente. Já os ratos das feridas-controle estavam normais apenas no RATO-1, e ausentes nos outros ratos. A fibrina nas feridas-controle foi mais evidente quando comparadas às feridas tratadas nos animais avaliados em sete dias. Aos 14 dias estava ausente em ambos os grupos. Houve uma maior neovascularização das feridas tratadas tanto de sete dias quanto de 14 dias. Os fibroblastos estavam presentes em mesma proporção em todas as feridas avaliadas em 14 dias. A hemorragia foi mais intensa nas feridas-controle dos quatro ratos avaliados em sete dias. Dessa forma, outros testes devem ser feitos para avaliar o potencial ativo cicatrizante da substancia em diferentes concentrações. Conclui-se então que o uso tópico do óleo essencial de Melaleuca alternifolia a 100% não demostrou auxiliar no processo final de cicatrização cutânea de ratos da linhagem Wistar.